A Transfiguração de Cristo | 2º Domingo da Quaresma – 2024

 
transfiguração

Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!”

Estamos vivendo um período de preparação para a Páscoa, que, mais do que o Natal, representa um momento essencial em nossa história – a ressurreição. No evangelho deste domingo, os discípulos ainda não compreendiam completamente o significado do termo ‘ressuscitar dos mortos’, e mesmo assim, obedeceram após a transfiguração de Cristo.

 

Obedecer a Jesus foi algo positivo para eles e é também para nós, mesmo sem entender completamente sua finalidade. Afinal, é aí que reside o mistério: seguir as instruções mesmo quando nossos corações estão cheios de dúvidas e inseguranças, pois Jesus nos lembra: ‘Não preocupeis vossos corações!’

 

Muitos católicos, incluindo eu, foram instruídos na doutrina por meio da catequese e leituras dominicais. Somos pessoas de oração e fé, experimentando a proximidade de Jesus através dos exemplos dos santos e da mãe de Deus, ao rezar o terço e ao comungar do corpo e sangue de Cristo.

 

No entanto, isso representa apenas uma pequena parte do que Deus deseja realizar em nossas vidas. Se não estivermos cientes disso, a Páscoa será apenas mais uma celebração passageira diante de nós.

 

Devemos ter plena consciência da imensidão das graças que podemos alcançar ao nos colocarmos a serviço de Deus e reconhecer o que Ele é capaz de fazer por nós.

 

A promessa de Deus a Abraão

 

Na primeira leitura, a obediência de Abraão foi definitiva para Deus tornar sua descendência numerosa. Apesar de Abrão e sua esposa Sara serem idosos e ela ser estéril, Deus lhes concedeu um filho, Isaac, que significa ‘filho da alegria’.

 

A promessa de Deus nos traz alegria, e Issac era a prova viva da existência divina para o povo hebreu. Se participamos do catolicismo apenas por preceitos legais, ou seja, somente para nos socializar (que não deixa de ser importante), não entendemos nada dos ensinamentos de Cristo.

 

Assim, a experiência de Abraão se torna também a nossa. Devemos lembrar que todos os personagens bíblicos refletem nossa própria história. Então, como podemos evidenciar a existência de Deus?

 

O fato de Ele colocar pessoas, descrentes Dele, em nossas vidas é uma prova da Sua existência, por isso devemos assumir a responsabilidade por elas e aprender a amá-las.

 

A transfiguração de Cristo aos discípulos

 

Nossa fé é fundamentada na experiência. O evangelho deste domingo narra as ações de três discípulos, refletindo a realidade das nossas próprias vidas. Assim como eles, muitas vezes demonstramos fraqueza, teimosia, a busca por fazer justiça por conta própria e nos deixarmos levar pelas tentações.

 

No evangelho do último domingo, Jesus passou pela experiência da tentação no deserto. Posteriormente, em sua vida pública, ele enfrentaria questionamentos sobre sua messianidade (divindade). E, por meio da transfiguração, Ele antecipa o que verdadeiramente é.

 

A transfiguração de Cristo deveria permanecer oculta até o dia de sua ressurreição dos mortos. Deus deseja que tenhamos a experiência de subir à montanha, pois, na Bíblia, a montanha simboliza o local sagrado e de diálogo com Deus. Por outro lado, a planície representa o lugar do trabalho, do esgotamento e das dificuldades.

 

A montanha nos fortalece diante das adversidades da planície. Assim, quem vive exclusivamente na planície não experimenta a verdadeira felicidade. O Papa propôs que este ano seja dedicado à oração para celebrarmos o Jubileu de 2025, destacando a importância de reservarmos um tempo diário para a intimidade com Deus.

 

Estamos vivendo um período de preparação para a Páscoa, que, mais do que o Natal, representa um momento essencial em nossa história – a ressurreição. No evangelho deste domingo, os discípulos ainda não compreendiam completamente o significado do termo ‘ressuscitar dos mortos’, e mesmo assim, obedeceram após a transfiguração de Cristo.

 

Obedecer a Jesus foi algo positivo para eles e é também para nós, mesmo sem entender completamente sua finalidade. Afinal, é aí que reside o mistério: seguir as instruções mesmo quando nossos corações estão cheios de dúvidas e inseguranças, pois Jesus nos lembra: ‘Não preocupeis vossos corações!’

 

Muitos católicos, incluindo eu, foram instruídos na doutrina por meio da catequese e leituras dominicais. Somos pessoas de oração e fé, experimentando a proximidade de Jesus através dos exemplos dos santos e da mãe de Deus, ao rezar o terço e ao comungar do corpo e sangue de Cristo.

 

No entanto, isso representa apenas uma pequena parte do que Deus deseja realizar em nossas vidas. Se não estivermos cientes disso, a Páscoa será apenas mais uma celebração passageira diante de nós.

 

Devemos ter plena consciência da imensidão das graças que podemos alcançar ao nos colocarmos a serviço de Deus e reconhecer o que Ele é capaz de fazer por nós.

 

A promessa de Deus a Abraão

 

Na primeira leitura, a obediência de Abraão foi definitiva para Deus tornar sua descendência numerosa. Apesar de Abrão e sua esposa Sara serem idosos e ela ser estéril, Deus lhes concedeu um filho, Isaac, que significa ‘filho da alegria’.

 

A promessa de Deus nos traz alegria, e Issac era a prova viva da existência divina para o povo hebreu. Se participamos do catolicismo apenas por preceitos legais, ou seja, somente para nos socializar (que não deixa de ser importante), não entendemos nada dos ensinamentos de Cristo.

 

Assim, a experiência de Abraão se torna também a nossa. Devemos lembrar que todos os personagens bíblicos refletem nossa própria história. Então, como podemos evidenciar a existência de Deus?

 

O fato de Ele colocar pessoas, descrentes Dele, em nossas vidas é uma prova da Sua existência, por isso devemos assumir a responsabilidade por elas e aprender a amá-las.

 

A transfiguração de Cristo aos discípulos

 

Nossa fé é fundamentada na experiência. O evangelho deste domingo narra as ações de três discípulos, refletindo a realidade das nossas próprias vidas. Assim como eles, muitas vezes demonstramos fraqueza, teimosia, a busca por fazer justiça por conta própria e nos deixarmos levar pelas tentações.

 

No evangelho do último domingo, Jesus passou pela experiência da tentação no deserto. Posteriormente, em sua vida pública, ele enfrentaria questionamentos sobre sua messianidade (divindade). E, por meio da transfiguração, Ele antecipa o que verdadeiramente é.

 

A transfiguração de Cristo deveria permanecer oculta até o dia de sua ressurreição dos mortos. Deus deseja que tenhamos a experiência de subir à montanha, pois, na Bíblia, a montanha simboliza o local sagrado e de diálogo com Deus. Por outro lado, a planície representa o lugar do trabalho, do esgotamento e das dificuldades.

 

A montanha nos fortalece diante das adversidades da planície. Assim, quem vive exclusivamente na planície não experimenta a verdadeira felicidade. O Papa propôs que este ano seja dedicado à oração para celebrarmos o Jubileu de 2025, destacando a importância de reservarmos um tempo diário para a intimidade com Deus.

 

Devemos dedicar alguns minutos de nossos dias para nos voltarmos completamente a Deus, abandonando nossas preocupações. Aquele que não se desconecta plenamente do mundo para transcender com o luminoso, não consegue se conectar totalmente com os outros, tornando-se individualista.

 

Com isso surgem as discussões, ira, inveja, ciúmes e diversas outras limitações inerentes de um ser fragmentado, incapaz de se manter firme a não ser preso às suas paixões. É essencial reservarmos um momento de conversa íntima com Deus para compreendermos o propósito de nossa existência e experimentarmos a alegria de estar em Sua presença.

 

Quando Moisés subiu à montanha, teve uma experiência extraordinária de intimidade com Deus, pedindo para contemplar Sua face. Porém, Deus respondeu: ‘Ninguém pode ver o meu rosto e permanecer vivo.’

 

Deus permitiu que Moisés visse apenas Suas costas, mas para isso, Moisés teve que se curvar, pois as costas de Deus são representadas por Jesus Cristo. Aquele que vê Jesus, vê o Pai. Deus se manifestou exclusivamente por meio de Seu Filho e do Espírito Santo.

 

O coração do ser humano, é o sacrário de Deus

 

Além da montanha, o lugar mais sagrado em nossa vida é o coração. Nem mesmo Deus entra em nossos corações sem nossa permissão. A consciência, o coração do ser humano, é o sacrário de Deus. Da mesma forma, não devemos invadir o coração de nossos irmãos.

 

Muitos afirmam amar a Deus, que não podem ver, mas são incapazes de amar o irmão, a quem podem ver; com isso, estão, portanto, condenados. Há pessoas que só sabem expressar amor através da violência física, pois a ferida em seus corações é tão profunda que desconhecem outro modo de amar.

 

Em resumo, a montanha sagrada é o nosso coração, e Deus deseja revelar-Se a nós por meio dela. Por isso, temos a figura da transfiguração de cristo. A luz pura de Cristo transcende aos discípulos naquele momento de revelação.

 

Se dependesse dos discípulos, eles teriam permanecido na montanha, mas toda a experiência com Deus nos impulsiona a descer dela para levarmos essa luz à planície. Com isso, enfrentamos a tentação de permanecer na montanha, que nos aliena ao comodismo.

 

Após a transfiguração de Cristo, Deus os ordena a escutá-lo

 

Praticar diariamente o lema ‘Fala, Senhor, que teu servo escuta.’ nos permite vivenciar a luminosidade divina, inspirando-nos a descer da montanha e encarar o dia a dia de maneira totalmente transformadora.

 

A imagem da transfiguração de Cristo representa o cristão renovado. Jesus é o filho de Deus, portanto escutai-o! Embora a oração seja essencial, o mais importante é cultivar uma intimidade com Deus e aprender ouvi-Lo. Deus nos chama da ignorância para enriquecer-nos com uma doutrina que transcende este mundo.

 

Deus escolheu os ignorantes para confundir os sábios, e é por meio dos nossos exemplos de vida que alcançaremos isso. Sigamos o exemplo de Jó, que não se revoltou contra Deus ao perder tudo, proclamando: ‘O Senhor deu, o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor.’

 

Saber sobre Deus apenas por ter ouvido falar Dele é fácil, mas ter vivenciado uma experiência pessoal com Ele é glorioso. Por fim, sejamos sedentos por Deus, pois ninguém pode se aproximar do banquete eucarístico sem estar devidamente preparado.

 

Artigo baseado na homilia de
Pe. Manoel Corrêa Viana Neto.
Diocese de Campo Limpo,
São Paulo – SP.

 

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