23º Domingo do Tempo Comum – 2023

 

Jesus diz que todo o que pede recebe; o que busca encontra; e àquele que bate, a porta será aberta!

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Seu teu irmão tiver algo contra ti, converse com ele com amor, porque não se resolve um mal com outro mal e não se paga o mal na mesma moeda. Não devemos falar mal de quem fala mal da gente, isso nos iguala à mediocridade dessas pessoas e acabamos sofrendo as consequências negativas disso, como por exemplo, perdemos nossa autoridade.

 

Apesar de necessário, ninguém gosta de correção, mas geralmente corrigimos alguém porque o amamos, pois lá na frente seremos gratos por isso. Devemos pedir a Deus sabedoria e inteligência para sabermos corrigir o irmão.

 

De nada adianta trabalharmos a vida toda para garantirmos o sustento de nossa família se não tivermos tempo para ela. Jesus nasceu em uma família e no povo judeu que tinha a lei de Moisés como seu fundamento, e naquela época haviam os doutores, mestres da lei e fariseus que decidiam como interpretá-la.

 

Quando havia algum problema entre os irmãos, estes se direcionavam aos doutores e mestres da lei, o problema é que além dos dez mandamentos, ainda haviam 613 preceitos que, ainda hoje, os judeus têm que praticá-las.

 

Então, um grupo de fariseus que levava a lei a “ferro e fogo”, vai questionar Jesus Cristo por curar no sábado e também questionar os apóstolos por cultivarem espigas neste dia, que para os judeus, assim como para os adventistas de hoje, é um dia voltado para Deus e oração.

 

E Jesus lhes responde que o sábado foi feito para homem e não o homem para o sábado. Jesus constantemente está tentando iluminar a mente daquele povo, não que Jesus fosse contra a lei, tanto é que Ele disse: “Eu não vim para abolir a lei, mas vim para dar comprimento a ela”.

 

Mas, muitos resistiam ao alerta de Cristo porque se escoravam na lei. A sociedade daquela época, como a de hoje, era muito hipócrita; hoje existem leis que favorecem os animais e as mulheres, mas ainda há muita criança no mundo comendo lixo e muitos maridos sendo assassinados por suas esposas que se aproveitam da lei. A lei deve favorecer a todos.

 

Muitas vezes nos preocupamos primeiro em receber o Corpo de Cristo de joelhos, na boca ou na mão, mas esquecemos de purificar nossos corações. Para Jesus, muitos de nós o honramos com lábios, mas os corações estão cheios de imundices, por isso não devemos profanar o Corpo de Cristo se tivermos algo contra o irmão.

 

Devemos discutir os problemas do caráter do ser humano que é com o que Jesus está preocupado. Podemos viver a lei, mas como diz São Paulo, a plenitude da lei é o Amor, ou seja, o amor deve estar acima da lei. Portanto, Jesus não quer que vivamos uma religião da lei porque o modo como tratamos nossos irmãos é nela.

 

Infelizmente somos especialistas em julgar as pessoas, nos magoamos por pouco e deixamos de acolher o menino Jesus quando abandonamos nossos irmãos, com isso fechamos a porta para Deus e, ao mesmo tempo, abrimos a porta para o diabo. Assim disse Jesus: “Não julgueis para não serdes julgados!” porquê da mesma forma como julgamos, seremos julgados.

 

Porque só Deus conhece os corações de seus filhos e filhas, e Jesus vai mostrar àquele povo, do mesmo modo que nos mostra hoje, que o amor está acima da lei. Na primeira carta de São João, o apóstolo diz que Deus é amor. E toda a Bíblia se resume nisso.

 

Se Deus é amor, Jesus Cristo também é amor e a pedra fundamental da nossa Igreja, pois o edifício espiritual, que somos nós, tem que ser construído sobre esta rocha, assim como o homem prudente que construiu sua casa sobre ela. Porém, quele que construiu sobre a areia, a casa afundou.

Com Jesus, puderam vir as tempestades, enchentes e ventanias, que a casa do homem prudente permaneceu em pé. Se sua casa afundou, ainda há tempo de recuperá-la, basta se reconciliar com os seus irmãos ou familiares e permanecer fiel e temente a Deus.

 

Não será fácil, pois o inimigo já conseguiu te derrubar uma vez e vai querer te derrubar novamente a todo custo, e muitas vezes através de seus inimigos que conhecem sua fraqueza, por isso você deve amá-los e rezar diariamente por eles.

 

Esteja sempre alerta e não caia nas tentações, porque são nelas que devemos ser fortes mesmo se cairmos e, se cairmos, não devemos desanimar. Se reconcilie com Deus, se confesse, comungue e adore o Santíssimo Sacramento semanalmente se for preciso, porque muitas graças são alcançadas através da adoração.

 

Toda a nossa meta, como seres humanos e como cristãos, não é basear a nossa vida nos bens que temos como dinheiro e afeto, que não deixam de ser necessários, mas não nos escravizar a eles. Se Cristo é a rocha e amor, tudo o que temos tem que estar alicerçado sobre esta rocha.

 

Através do nosso batismo, o Espírito Santo nos dá a capacidade de discernirmos aquilo que nos leva à vida e aquilo que nos leva à morte, por isso temos a chave, o seja nossas escolhas e decisões. Se você escolheu sua família, com certeza ela estará ligada ao céu.

 

Se você não consegue recuperar aquilo que o demônio tirou de você, Jesus Cristo vai dizer no evangelho que: “Se dois ou mais estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isto vos será concedido por meu Pai!” Por isso devemos rezar em família todos os dias. 

 

Estamos tão preocupados com as coisas do mundo que esquecemos o mais importante que é cultivar nossa família onde os filhos, depois de adultos, deixarão o pai e a mãe para constituírem um novo lar, que será prioridade, ou seja, os cônjuges que se submetem aos pais e irmãos que causam divisões, por exemplo, estão fechando a porta para Deus.

 

Onde dois ou mais estiverem reunidos em nome de Deus, Deus se fará presente e o diabo não terá como entrar; no entanto, se você e tua esposa ou vice-versa orarem, tua casa estará construída sobre a rocha.

 

Pedis e será dado, bateis e será aberta, buscais e encontrareis, pois se praticares o reino de Deus e sua justiça, serás atendido. Por intercessão da Mãe de Deus, cultive o amor e peça somente o que é necessário para sua vida e o que for do agrado de Deus.

 

Nós venceremos o mundo quando tivermos consciência da importância da comunidade e da nossa família, e não importa o problema que estejamos passando desde que Cristo seja o centro de nossas vidas e trabalhemos para isso.

Artigo baseado na homilia de
Pe. Manoel Corrêa Viana Neto.
Diocese de Campo Limpo,
São Paulo – SP.