11º Domingo do Tempo Comum – 2023

 
Jesus e a multidão

“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.”

banner cosméticos necessaireJesus consola os tristes. Você já reparou que quando ajudamos alguém que está passando por dificuldades o encorajando e dando uma palavra de ânimo, temos sensações de amor, de caridade e de gratidão? Pena que não dá para estarmos em todos os lugares para atendermos os necessitados, desiludidos e desencorajados.

 

Jesus sabendo disso, institui os 12 apóstolos e os enviou em missão para anunciar o evangelho, curar os doentes, expulsar demônios e animar as pessoas. Por isso Jesus os escolheu para auxiliá-lo, e assim também fez com todos nós.

 

Jesus, por ser Deus, poderia ter feito tudo sozinho, mas ele quis compartilhar essa tarefa com todos nós, por mais defeituosos que somos, para termos a chance de sermos restaurados, pois todos nós temos a chama de amor que pode ser útil para outras pessoas.

 

As vezes Jesus nos permite passarmos por dificuldades para entendermos as dificuldades do outro, por isso não devemos deixar a chama de nossos corações se apagar para que possamos partilhar essa luz com os irmãos, pois fazendo o bem estaremos cumprindo a vontade de Deus.

 

No evangelho deste domingo, Jesus vê a multidão e percebe que esta era uma ovelha sem pastor, ou seja, Jesus se preocupou com os problemas e dificuldades daquele povo, assim como ele também se preocupa com os nossos, por isso Ele não se afasta de nós, nós que nos afastamos dele quando pecamos.

 

Depois de 2000 anos, vemos a quantidade de cristãos que há no mundo, sendo que tudo começou com 12 apóstolos, e depois se estendeu pelos discípulos e assim sucessivamente, na qual a mensagem de amor foi anunciada a todos os povos. E hoje, mais do que nunca, Jesus precisa de nós para darmos continuidade a esta missão.

Santa Tereza D’Ávila dizia que somos os olhos, a boca, os braços, as mãos, as pernas e os pés de Jesus e é através de nós que se prova que Jesus está vivo, pois todas as vezes que fazemos o bem, aprendendo a perdoar e a amar o próximo, estamos levando Jesus Cristo às pessoas.

 

As vezes caímos na tentação de dizer que não somos merecedores da graça por sermos pecadores e falhos. Do mesmo modo que é possível acender a chama de uma vela quebrada, cuja função é iluminar (mesmo que seja grande ou pequena e esteja suja ou gasta), também somos capazes de iluminar as pessoas, basta não deixarmos nos contaminar por nossas falhas.

 

A luz é pura, ela não se deixa contaminar, por isso nunca deixaremos de ser luz quando aceitarmos ser discípulos do mestre Jesus para recebermos sua misericórdia. São Paulo antes de sua morte disse: “Combati o bom combate, terminei a carreira, guardei a fé e cumpri minha missão. Agora me resta a coroa da vitória conquistada por Cristo Jesus.”

 

Portanto a chama é Cristo, se pararmos para estudar a história de cada apóstolo, veremos que o caráter de cada um era bastante limitado, principalmente o de São Paulo que perseguia os cristãos. No entanto, ao experimentarem Jesus Cristo em suas vidas, se tornaram luz no mundo, inclusive dando suas vidas por Ele.

 

Artigo baseado na homilia de:
Padre Manoel Corrêa Viana Neto
Diocese de Campo Limpo
São Paulo – SP